quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Drinque do país das maravilhas

Mini-balança e coador com mini microfuros, esses dois são os mais baratos entre mini-fogão, kit de química e demais...
Na UFMA existe o marketing do Érico Flamejante, só sei que é vermelho e pega fogo. Mas o drinque maravilhoso do supracitado país é desconstrutivista e vem sucedendo na Europa por inspiração de Ferran Adrià, espalhando-se desde os Estados Unidos a toda América.




Olívia Fraga, Estadão






Uma olhada atrás do balcão revela a parafernália digna de laboratório: tubos de ensaio,pós químicos,seringas,fogão elétrico, balanças de precisão. São os instrumentos de trabalho de um bartender de nova geração, o mixologista molecular.


Como um mágico,ele mistura,macera, lança fogo e gás, mexe com o estado físico dos ingredientes. De repente o coquetel está pronto - e não se parece com nada que você já tenha tomado. Sólido, fumegante, espumante: não há limites para essa trupe inspirada na gastronomia de vanguarda que faz bebida de comer,cheirar e brincar.


A mixologa é a arte de misturar bebidas alcóolicas e sucos, moda que explodiu nos anos 1980, na Inglatera, com o coquetel Cosmopolitan. A combinação rósea de vodca,suco de limão e cramberry encantou o público feminino.


Quem gosta de pesquisar vai descobrir que a ciência dos drinques nasceu bem antes, no século 19, quando o americano Jerry Thomas botou fogo no uísque para reduzir seu teor alcóolico. Desde então, o mundo das bebidas nunca mais foi o mesmo. Ao inventar o Blue Blazer - o uísque em chamas jogado de cá para lá em dois copos de prata -,Thomas tornou-se um personagem importante: percebeu que o ritual de beber vai além do paladar. A tríade sagrada se completa com o catalão Ferran Adrià e a cozinha de vanguarda e o também catalão Javier de las Muelas, a "versão líquida" de Adrià, que levou para o bar os princípios e técnicas de sua cozinha. Márcio Silva, consultor de coquetéis do Sub Astor,viajou 13 anos na Europa e também é fã da esferificação. Há dois meses faz testes para aplicar a técnica na azeitona que acompanha seu dry martíni."Mixologia é só um nome bonito para o que sempre foi nossa missão: levar às pessoas sabor, textura, pefume, visual",afirma Márcio.


Henrique Medeiros, bartender do Kinoshia, não aposta nas bolinhas, mas se diverte com as espumas. A de jamelão combinada com vodca e maçã verde é sua mais nova criação, ainda sem nome. Henrique dispensa sifão faz espuma na coqueteleira, sem clara nem algino. Mas usa gelatina para solidificar saquê em seu martíni, servido com instruções de 1 a 2.

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